segunda-feira, 8 de outubro de 2012


SIDA E O FUTURO DO PAÍS

Instituições do Niassa sem “pernas para andar”...

Texto:
Redacção

 Mais de seis mil pessoas infectadas pelo HIV/SIDA, na Província do Niassa, recebem o Tratamento Anti-retroviral, este ano, trezentas das quais são crianças.

 Estes dados foram tornados públicos, esta segunda-feira, num informe do sector de saúde, apresentado à comissão parlamentar dos assuntos de HIV/SIDA na Assembléia da República, que visita esta província.

 No encontro, que juntou diversas organizações de combate a esta doença, os parlamentares constataram com preocupação, a fraca capacidade de cobertura do tratamento anti-retroviral, devido à exigüidade de medicamentos.

O Presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos de HIV/SIDA, na Assembléia da República, Saimone Macuiana, disse que os distritos são os que mais se ressentem desta dificuldade, o que contribui para o aumento de mortes pela doença.

 O défice  de recursos financeiros é apontado como a principal causa da fraca cobertura no tratamento da chamada pandemia do século.

Devido à falta de dinheiro, a maioria das organizações de luta contra o sida, no Niassa, está praticamente inoperante, e outras há que estão em extinção.  

 O Núcleo Provincial de Combate ao Sida, por exemplo, vai passar a ser gerido pela Direcção Provincial de Saúde no próximo ano, o que para alguns analistas, pode significar o prenúncio do desaparecimento daquela organização.

A questão que se coloca é: se com a existência de várias organizações incluindo o Conselho Nacional de Combate ao Sida, a seroprevalência esteve quase em situação estacionária – redução insignificante, qual será o cenário do país no futuro? (X)

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012


MENDICIDADE NO NIASSA

IDOSOS AINDA DESCRIMINADOS

….e Governo procura alternativas para estancar o problema.

Texto:

Redacção

Assinala-se hoje, 01 de Outubro, o dia do idoso, numa altura em que na Província do Niassa, persistem dificuldades na isenção social das pessoas da terceira idade.

Em conseqüência deste cenário, a cidade de Lichinga, por exemplo, continua a registar situações alarmantes de mendicidade por parte desta camada social.

Sexta-feira, é o dia da semana geralmente usado pelos agentes econômicos, para oferecer algo aos idosos, num acto considerado de caridade por parte de quem “dá”.

Por vezes, os beneficiários destas “obras de caridade” habituam-se às ofertas das sextas, que se fazem acompanhar por crianças em idade escolar, retrocedendo desta forma o seu ciclo normal de aprendizagem.

Por outro lado, são notórios casos em que aos idosos se juntam pessoas com plenas faculdades psíquicas e físico-motoras para a actividade produtiva.

Para estancar este cenário, o governo do Niassa, através da Direcção provincial de Acçào Social, está a reabilitar e a ampliar o centro aberto de idosos de Namacula, arredores da cidade de Lichinga, com vista a aumentar a capacidade de acolhimento dos respectivos beneficiários.

Cuamba e Marrupa, são os outros distritos onde o fenômeno da mendicidade por pessoas da terceira idade tende a ganhar contornos preocupantes. (X)