SIDA E O FUTURO DO PAÍS
Instituições do Niassa
sem “pernas para andar”...
Texto:
Redacção
Mais de seis mil pessoas infectadas pelo HIV/SIDA, na Província do Niassa,
recebem o Tratamento Anti-retroviral, este ano, trezentas das quais são
crianças.
Estes dados foram tornados públicos, esta segunda-feira, num informe do
sector de saúde, apresentado à comissão parlamentar dos assuntos de HIV/SIDA na
Assembléia da República, que visita esta província.
No encontro, que juntou diversas organizações de combate a esta doença,
os parlamentares constataram com preocupação, a fraca capacidade de cobertura
do tratamento anti-retroviral, devido à exigüidade de medicamentos.
O Presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos de HIV/SIDA, na
Assembléia da República, Saimone Macuiana, disse que os distritos são os que
mais se ressentem desta dificuldade, o que contribui para o aumento de mortes
pela doença.
O défice de recursos financeiros
é apontado como a principal causa da fraca cobertura no tratamento da chamada
pandemia do século.
Devido à falta de dinheiro, a maioria das organizações de luta contra o
sida, no Niassa, está praticamente inoperante, e outras há que estão em
extinção.
O Núcleo Provincial de Combate ao Sida, por exemplo, vai passar a ser
gerido pela Direcção Provincial de Saúde no próximo ano, o que para alguns
analistas, pode significar o prenúncio do desaparecimento daquela organização.
A questão que se coloca é: se com a existência de várias organizações
incluindo o Conselho Nacional de Combate ao Sida, a seroprevalência esteve
quase em situação estacionária – redução insignificante, qual será o cenário do
país no futuro? (X)
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