segunda-feira, 17 de setembro de 2012


EM PREPARAÇÃO DOS PRÓXIMOS PLEITOS ELEITORAIS
Gabinete de Imprensa da Assembléia da República capacita jornalistas do Niassa em matéria de ética e deontologia profissional na cobertura de processos eleitorais.
Texto:
Redacção
Jornalistas da Província do Niassa, entre públicos, privados e comunitários, participaram esta segunda-feira, numa capacitação em matéria de ética e deontologia profissional, na cobertura de processos eleitorais.

A iniciativa, do Gabinete de Imprensa na Assembléia da República, em parceria com o PNUD e União Européia, surge em preparação dos pleitos eleitorais que se avizinham, nomeadamente, eleições autárquicas (em 2013) e gerais (em 2014).
 
O director da divisão de apóio e comunicações na Assembléia da República, César Bonifácio, disse que a capacitação visa reflectir em torno do papel da imprensa nos processos eleitorais.

Durante a capacitação, os jornalistas sublinharam que estes têm feito o seu trabalho com o máximo de isenção e responsabilidade, mas manifestaram a sua preocupação em relação à exigüidade de recursos financeiros, que influencia na qualidade do trabalho jornalístico durante as eleições.

Os Jornalistas defendem que a imprensa no seu todo deveria beneficiar de um pacote de financiamento do Estado para cobrir os processos eleitorais, contrariamente ao que acontece actualmente, em que apenas os órgãos de comunicação públicos são beneficiários.

Até ao momento, cinco Províncias já beneficiaram deste tipo de capacitações, prevendo-se que ainda este ano sejam envolvidos jornalistas de Cabo Delgado, Zambézia, Manica, Tete e Gaza. (X)

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


NA CIDADE DE LICHINGA
Presidente do município veda Jornalista de exercer as suas funções.

Texto:
Redacção

O presidente do Município de Lichinga, Augusto Assique, impediu, recentemente, o Jornalista da Rádio Moçambique, Luís Dionísio, de exercer as suas funções, durante uma sessão da Assembléia Municipal.

O facto ocorreu a vinte e quatro de Agosto do ano em curso, durante uma sessão ordinária da Assembléia Municipal, na qual a RM e outros órgãos de comunicação Social tinham sido convidados.

Um comunicado da RM enviado ao Sindicato Nacional de Jornalistas e MISA Moçambique, no Niassa, e que a nossa reportagem teve acesso, refere que Augusto Assique teria proibido ao Jornalista Luis Dionísio, de gravar as respostas às perguntas de insistência dos membros deste órgão.

No mesmo documento, pode-se ler: “...esta atitude viola o artigo 48 da Constituição da República de Moçambique, conjugado com os artigos 2 e 3 da Lei número 18/91, de 10 de Agosto-Lei de Imprensa.”  

O documento em referência foi igualmente enviado ao Governador do Niassa, David Malizane, Presidentes das Assembléias Provincial e Municipal.   

Refira-se que o artigo 44 da Lei 2, de 18 de Fevereiro, refere que “as sessões da Assembléia Municipal são públicas.” (X)

 

 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

EMPREGABILIDADE
Perto de cinco mil jovens do Niassa mergulhados no desemprego

Texto:
Redacção

Januário Malizane e Candeeiro Matai, são jovens da cidade de Lichinga, que sentem na pele a problemática do desemprego. Emprego para eles seria o ingresso no aparelho do Estado ou qualquer outra empresa que pague o suficiente para a sua sobrevivência.

Estes jovens são estudantes do Curso de Geografia na Universidade Pedagógica e sonham em conseguir uma vaga como docentes, logo que terminarem a sua formação.

Januário e Candeeiro estão cientes das dificuldades que deverão enfrentar para materializar os seus sonhos.

Para eles, no Niassa, como acontece pelo resto do país, as oportunidades de emprego quer nas instituições públicas como privadas são escassas, daí que já pensam na alternativa: o auto-emprego.

Aliás, a criação de mecanismos para o auto-emprego é a idéia defendida pela OTM-Central Sindical, na pessoa da respectiva secretária, Celeste Simão.

Entretanto, para auto-empregarem-se, pelo menos dois requisitos deverão ser preenchidos: apostar na formação técnico-profissional e possuir alguma capacidade de endividamento, para iniciar as suas actividades.

Ora, olhando para o curso escolhido (ou não) por Januário Malizane e Candeeiro Matias, a possibilidade de conseguirem emprego fica ainda mais difícil, atendendo e considerando que instituições de ensino privadas são praticamente inexistentes nesta província.

Por outro lado, se estes sonhassem em criar uma escola privada, as possibilidades de concretizarem o anseio seriam também difíceis, principalmente por falta de capacidade de endividamento, que permitisse arrecadar dinheiro para o investimento inicial.

Por estas e outras razões, esperamos que Januário e Candeeiro não entrem na lista dos cerca de 5000 jovens desempregados, segundo dados da OTM- central sindical no Niassa. (X)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

NO NIASSA
China quer investir no sector agrícola
Texto
Redacção

O Governo chinês está interessado em investir no sector de agricultura, na Província do Niassa.

A informação foi tornada pública nesta quinta-feira, pelo embaixador extraordinário da China em Moçambique, Huang Songfu, após um encontro com o Governador do Niassa, David Malizane.

Segundo Huang Songfu, Niassa dispõe de condições agro-ecológicas favoráveis para o desenvolvimento da agricultura, especialmente para a cultura da soja e do trigo.

Sem avançar os montantes de que a China dispõe para o projecto, aquele diplomata afirmou que decorrem neste momento negociações com o Governo do Niassa, para a operacionalização da perspectiva.

O Governador do Niassa, David Malizane, vê nesta intenção chinesa, uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento desta Província, nas suas múltiplas formas.

Na ocasião, foi dito que ainda este ano, uma missão de empresários chineses estará no Niassa para viabilizar o projecto.

Com uma área de 122.827 km², Niassa tem sido nos últimos tempos, alvo de interesses de investimentos nos sectores florestal e mineiro, esta última na fase de prospecção.

O sector florestal foi o que maior postos de trabalho criou, principalmente na fase de plantação. Ultrapassada esta fase, no Niassa verificaram-se despedimentos massifvos de trabalhadores, alegadamente devido ao défice orçamental destas empresas, agravado pela crise económica internacional.

Entretanto, fontes de alguns governos distritais e de parte destas empresas, revelaram que a questão de fundo nestes despedimentos, era a falta de terras para a continuidade do processo de plantação.

A outra questão, no debate actual sobre os grandes investimentos/Mega projectos, tem a ver com a deficiente formação de técnicos para responder a demanda de Recursos Humanos no âmbito destes projectos, e Niassa não foge a regra.

A questão de fundo é: que acções estariam em curso neste momento, para permitir que de facto a implementação deste projecto resulte no bem-estar do cidadão? (X)