EMPREGABILIDADE
Perto de cinco mil jovens do Niassa mergulhados no desemprego
Texto:
Redacção
Januário Malizane e Candeeiro Matai, são jovens da cidade de Lichinga, que sentem na pele a problemática do desemprego. Emprego para eles seria o ingresso no aparelho do Estado ou qualquer outra empresa que pague o suficiente para a sua sobrevivência.
Estes jovens são estudantes do Curso de Geografia na Universidade Pedagógica e sonham em conseguir uma vaga como docentes, logo que terminarem a sua formação.
Januário e Candeeiro estão cientes das dificuldades que deverão enfrentar para materializar os seus sonhos.
Para eles, no Niassa, como acontece pelo resto do país, as oportunidades de emprego quer nas instituições públicas como privadas são escassas, daí que já pensam na alternativa: o auto-emprego.
Aliás, a criação de mecanismos para o auto-emprego é a idéia defendida pela OTM-Central Sindical, na pessoa da respectiva secretária, Celeste Simão.
Entretanto, para auto-empregarem-se, pelo menos dois requisitos deverão ser preenchidos: apostar na formação técnico-profissional e possuir alguma capacidade de endividamento, para iniciar as suas actividades.
Ora, olhando para o curso escolhido (ou não) por Januário Malizane e Candeeiro Matias, a possibilidade de conseguirem emprego fica ainda mais difícil, atendendo e considerando que instituições de ensino privadas são praticamente inexistentes nesta província.
Por outro lado, se estes sonhassem em criar uma escola privada, as possibilidades de concretizarem o anseio seriam também difíceis, principalmente por falta de capacidade de endividamento, que permitisse arrecadar dinheiro para o investimento inicial.
Por estas e outras razões, esperamos que Januário e Candeeiro não entrem na lista dos cerca de 5000 jovens desempregados, segundo dados da OTM- central sindical no Niassa. (X)
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