Dionísio e Atanásio, parte dos participantes do debate, via telefónica,
afirmaram que a recolha e tratamento de resíduos sólidos em Lichinga ainda são
deficientes.
As zonas peri-urbanas são as que mais se ressentem da fraca capacidade de
recolha e tratamento de resíduos sólidos, apesar de os munícipes pagarem taxas
de lixo, inclusas na factura de energia eléctrica pré e pós-paga.
Para eles, lugares há em que o lixo chega a tomar conta das estradas,
incluindo algumas avenidas da zona cimento, por falta de contentores para a
deposição dos resíduos sólidos.
A outra preocupação tem a ver com a exiguidade de sanitários públicos na cidade
de Lichinga, o que faz com que as pessoas urinem sobre as árvores. Os mais
desinibidos, chegam a optar pelo fecalismo
a céu aberto, principalmente `a calada da noite.
Estas e outras situações conduzem a eclosão de doenças de origem hídricas,
especialmente de diarreias e até casos isolados de cólera.
A questão das precárias condições de trabalho por parte dos funcionários
que garantem a recolha e tratamento de resíduos sólidos foi outra preocupação levantada.
Em resposta a estas e outras questões, o director da “área de salubridade e meio ambiente no Conselho Municipal de Lichinga, Luciano Jemusse, reconheceu a
existência de deficiências na recolha e tratamento do lixo e acrescentou que
tal deve-se a exiguidade de meios para o efeito.
Luciano Jemusse referiu que a edilidade dispõe de apenas dois tractores,
adquiridos através da cobrança de taxa de lixo, fixada em dez meticais
mensalmente. A fonte sublinhou que os meios circulantes não são suficientes
para responder as necessidades da autarquia.
Sobre os sanitários públicos o Director da área de saneamento
afirmou que existem alguns balneários nas proximidades da Praça da Liberdade,
que não estão a ser explorados por falta de interesse no seu uso pelos cidadãos,
o que torna o negócio insustentável.
Luciano Jemusse acrescentou, sem avançar o valor, que há um projecto
financiado pelo Banco Africano que prevê a construção de mais sanitários
públicos no município. Neste momento, segundo ele, iniciou-se a construção de
balneários e latrinas na quarta localidade urbana e no Posto administrativo
urbano de Chuaúla. (X)
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