domingo, 17 de março de 2013


RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS FLORESTAIS NO DISTRITO DE LICHINGA, NO NIASSA, AINDA É UMA “MIRAGEM” – comunidade local.

Texto: Redacção

Várias são as interpretações a que a palavra responsabilidade social nos remete. De uma forma geral, ela vinca a ideia de reparação voluntária de um erro cometido na prossecução de uma actividade.
No contexto da actividade produtiva, responsabilidade social seria nada mais e nada menos que cedência de contrapartidas `aos grupos afectados por tal actividade, que no caso vertente de Lichinga seriam as comunidades abrangidas pelas plantações florestais.

Tal cedência de contrapartidas pressupõe a prevalência da justiça, equilíbrio e bom senso entre as partes envolvidas. Ou seja, os benefícios sociais devem estar ajustados aos impactos sociais de qualquer actividade.
A Green Resource, empresa florestal no Niassa, refere por exemplo que, no âmbito da responsabilidade social, no ano passado contribuiu para a criação de oportunidades de emprego, construção de salas de aulas e aquisição de carteiras para as escolas das comunidades onde opera.

Entretanto, José Marcelino um jovem das redondezas de Lichinga, onde a empresa florestal Chikweti Forest of Niassa desenvolve suas actividades, considera que na sua zona há sinais de desenvolvimento com os projectos florestais. Porém diz que as acções de responsabilidade social destas empresas são inversamente proporcionais aos ganhos que poderão ter.

Ernesto Dustan, outro entrevistado da Rádio Esperança, refere que as acções destas empresas são esporádicas e insustentáveis, na medida em que persistem situações, no distrito, em que crianças percorrem longas distâncias para encontrar uma escola, assim como uma unidade sanitária, pelos seus progenitores.
As fontes insistem na necessidade de, o Governo reforçar o seu papel fiscalizador, para permitir que as comunidades se sintam parte integrante do processo de desenvolvimento através das plantações florestais. (X)

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