“Água para
todos não passou de mera promessa eleitoral” – consideram munícipes.
Texto: Redacção
Há escassos meses do final do
mandato do Presidente do Município de Lichinga, no Niassa, Augusto Assique, o
problema de acesso `a água potável continua sem solução.
Dados em nosso poder indicam que nesta autarquia apenas vinte e quatro mil dos
mais de cento e quarenta e um mil habitantes é que tem acesso a água potável,
representando dezassete por cento da população da cidade.
O problema é agravado pela fraca
capacidade de resposta, do sistema de abastecimento de água canalizada, por
parte do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água – FIPAG, o
que contribui para as restrições no fornecimento do precioso líquido.
Esta empresa apenas abastece a
dezasseis mil pessoas com água canalizada.
Os munícipes, sobretudo dos
bairros periféricos, continuam a consumir água imprópria, facto que contribui
para a eclosão de doenças de origem hídrica, como é o caso de diarreias.
Em entrevista com a Rádio
Esperança, os cidadãos afirmaram que nas últimas semanas a água é abastecida,
dois em dois dias, em períodos bastantes curtos, nas altas noites e madrugadas.
O Director do FIPAG em
Lichinga, João Manico, diz não ter conhecimento do problema mas promete
averiguar.
Confrontado com a situação, num
debate radiofónico da Rádio Esperança FM, na última quinta-feira (05.09.2013),
o vereador da área de Cooperação intermunicipal, Jorge Malita, reconheceu a persistência
deste problema.
Na tentativa de minimizar o problema,
o Conselho Municipal de Lichinga havia planificado a abertura de mais dez furos
de água num financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, que no entanto
ainda não foram entregues.
Jorge Malita afirmou, em representação
do respectivo presidente, que a edilidade vai entregar cinco fontenários
brevemente, mas continuam dúvidas quanto ao cumprimento total da promessa. (X)
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