quinta-feira, 26 de setembro de 2013



Governo do Niassa aliena plantação florestal `a empresa chinesa e suscita preocupação de pequenas associações.

Texto: Redacção

O Governo do Niassa, através da Direcção Provincial de Agricultura, decidiu alienar parte considerável dos 32.000 hectares de pinho da zona de Matama, na considerada cintura verde da cidade de Lichinga.


Das três empresas candidatas venceu a Chinesa, cujo nome se desconhece e muito menos as regras de concurso e os critérios de selecção do vencedor.

Tudo o que se sabe é que esta empresa deverá trabalhar na exploração madeireira do pinho, em detrimento das pequenas associações que têm nesta área, a base para o seu sustento.

Fernando Maoca, vendedor de barrotes no mercado central de Lichinga, disse `a Rádio Esperança que desde que a medida foi toma, os pequenos operadores madeireiros foram proibidos de cortar qualquer árvore daquela zona.

Juriasse Sane, outro vendedor, afirmou que já é notório o impacto desta situação com a duplicação do preço do barrote.

Anteriormente o barrote custava cento e cinquenta meticais, contra os actuais cerca de trezentos meticais cada.

A Rádio Esperança visitou o local e constatou que a referida empresa já está a instalar uma cerração de grande capacidade, para o processamento do pinho, não se sabendo ao certo qual será o destino da madeira daí extraída.

Quenesse Ali, membro da Associação Arco Madeira, descreve de preocupante a medida e exige uma distribuição equitativa das parcelas de pinho existente, por forma a evitar marginalização dos cidadãos locais.

Confrontada com a situação, a Direcção Provincial de Agricultura no Niassa, diz que a medida visa permitir a rentabilização do pinho que já atingiu o pico de maturação, ao que se seguirá o replantio das áreas já exploradas.

O Director Provincial de agricultura, Eusébio Tumuitiquile, prometeu medidas para evitar que os pequenos exploradores madeireiros sejam prejudicados com a alienação.

Esta medida, segundo a fonte, passa por identificar e conceder as associações locais, outras áreas para o exercício das suas actividades. (X)


 

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