quinta-feira, 5 de setembro de 2013

JOVENS DO NIASSA QUEREM INCLUSÃO NOS PROJECTOS FLORESTAIS.


Hermenegildo Napita- Vice-president do CPJ-Niassa
Texto: Redacção

Jovens da cidade de Lichinga exigem maior inclusão nos projectos florestais da Província do Niassa, como forma de permitir que estes participem no desenvolvimento local.
Para eles, as oportunidades de emprego que se criam com estas plantações, não são abrangentes, alegando também falta de transparência no recrutamento da mão-de-obra.
O Vice-Presidente do Conselho provincial da Juventude, Hermenegildo Napita, disse em entrevista com a Rádio Esperança, que a sua agremiação está a trabalhar para que os jovens tenham prioridade nestes e noutros grandes projectos.
Napita acrescentou que no âmbito da promoção de oportunidades de emprego para esta camada social, foram realizados este ano, dois encontros com os exploradores do ramo florestal.
Estes encontros acontecem numa altura em que a mão-de-obra neste sector tende a reduzir, com os despedimentos que se registam, por já ter sido concluída a fase de plantação, estando-se neste momento, na de maneio.
Outra preocupação dos jovens tem a ver com a necessidade de formação na área florestal, pois só assim poderão ter capacidade de responder `as expectativas dos empregadores.
Na cidade de Lichinga existe um instituto de formação profissional e promoção do autoemprego, que no entanto não tem cursos ligados aos projectos de reflorestamento.

QUEIMADAS VOLTAM A PREOCUPAR

Num passado recente, aquando do início do reflorestamento, as plantações foram sistematicamente afectadas pelas queimadas descontroladas, incluindo na cidade de Lichinga.
Uma das explicações tinha a ver com o alegado descontentamento das comunidades, em relação a estes projectos. Os despedimentos massivos de trabalhadores, na sua maioria jovens, eram apontados como uma das causas deste comportamento.
Como resultado do trabalho de várias entidades, esta tendência baixou nos últimos anos, estando agora a ressurgir.
Plantacao da Chikweti Forest pegando fogo-zona da Universidade Pedagogica
 Preocupadas com a situação, as empresas florestais decidiram levar a cabo campanhas de sensibilização `as comunidades, sobre as consequências desta prática, para o ambiente. Trata-se de uma actividade que numa primeira fase realiza-se através da Rádio Esperança FM, que produz e transmite spots com o apoio financeiro das empresas, ao mesmo tempo que monitora as acções destas empresas, do ponto de vista da sua sustentabilidade, no âmbito do Projecto “Lichinga em Foco”, financiado pelo Mecanismo de Apoio a Sociedade Civil – MASC.

São acções distintas, mas que procuram promover ganhos mútuos entre as comunidades e os grandes projectos de reflorestamento. (X)

 

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