segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

FOTO: ARQUIVO
PRETERIDO PELO PARTIDO
Presidente do município de Lichinga, Augusto Assique, “deixa lixo” para seu sucessor.

Texto: Redacção
A questão da gestão do lixo no Município de Lichinga, Província do Niassa, ganhou contornos preocupantes de Dezembro a esta parte, devido ao aparente desinteresse das autoridades na solução do problema.

Em algumas ruas tanto da zona cimento como da peri-urbana pode-se ver vários entulhos de lixo, que chegam até a condicionar a circulação de pessoas e viaturas.

O exemplo disso está no bairro Muchenga-dois, no entroncamento entre este bairro e o bairro popular.

Esta situação, que preocupa os cidadãos, constitui um atentado `a saúde pública, pois os entulhos de lixo aí existentes favorecem a reprodução do mosquito causador da malária. O mau cheiro é o outro problema que se levanta com este cenário.

Confrontado com o problema, o actual presidente do Município de Lichinga, Augusto Assique, que dentro de dias deixa o cargo para Saíde Amido, diz deixar a solução do problema para o seu sucessor. “A minha preocupação está na finalização dos relatórios e entrega de pastas” – sublinhou em entrevista, recentemente, com a Rádio Esperança FM.

O secretário provincial do Partido FRELIMO, no Niassa, Cornélio Laísse, também nosso entrevistado, reconheceu o problema e mostrou seu desapontamento com a apatia do Conselho Municipal para com o cenário.

Recorde-se que Augusto Assique tinha possibilidades de concorrer para o seu segundo mandato como presidente da edilidade de Lichinga, mas a FRELIMO, seu partido, indicou Saíde Amido como candidato e que veio a vencer as eleições autárquicas de Novembro de dois mil e treze nesta cidade. (X)
 


quinta-feira, 26 de setembro de 2013



Governo do Niassa aliena plantação florestal `a empresa chinesa e suscita preocupação de pequenas associações.

Texto: Redacção

O Governo do Niassa, através da Direcção Provincial de Agricultura, decidiu alienar parte considerável dos 32.000 hectares de pinho da zona de Matama, na considerada cintura verde da cidade de Lichinga.


Das três empresas candidatas venceu a Chinesa, cujo nome se desconhece e muito menos as regras de concurso e os critérios de selecção do vencedor.

Tudo o que se sabe é que esta empresa deverá trabalhar na exploração madeireira do pinho, em detrimento das pequenas associações que têm nesta área, a base para o seu sustento.

Fernando Maoca, vendedor de barrotes no mercado central de Lichinga, disse `a Rádio Esperança que desde que a medida foi toma, os pequenos operadores madeireiros foram proibidos de cortar qualquer árvore daquela zona.

Juriasse Sane, outro vendedor, afirmou que já é notório o impacto desta situação com a duplicação do preço do barrote.

Anteriormente o barrote custava cento e cinquenta meticais, contra os actuais cerca de trezentos meticais cada.

A Rádio Esperança visitou o local e constatou que a referida empresa já está a instalar uma cerração de grande capacidade, para o processamento do pinho, não se sabendo ao certo qual será o destino da madeira daí extraída.

Quenesse Ali, membro da Associação Arco Madeira, descreve de preocupante a medida e exige uma distribuição equitativa das parcelas de pinho existente, por forma a evitar marginalização dos cidadãos locais.

Confrontada com a situação, a Direcção Provincial de Agricultura no Niassa, diz que a medida visa permitir a rentabilização do pinho que já atingiu o pico de maturação, ao que se seguirá o replantio das áreas já exploradas.

O Director Provincial de agricultura, Eusébio Tumuitiquile, prometeu medidas para evitar que os pequenos exploradores madeireiros sejam prejudicados com a alienação.

Esta medida, segundo a fonte, passa por identificar e conceder as associações locais, outras áreas para o exercício das suas actividades. (X)


 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

EM LICHINGA
“Água para todos não passou de mera promessa eleitoral” – consideram munícipes.

Texto: Redacção
 
Há escassos meses do final do mandato do Presidente do Município de Lichinga, no Niassa, Augusto Assique, o problema de acesso `a água potável continua sem solução.
 
Dados em nosso poder indicam que nesta autarquia apenas vinte e quatro mil dos mais de cento e quarenta e um mil habitantes é que tem acesso a água potável, representando dezassete por cento da população da cidade.
 
O problema é agravado pela fraca capacidade de resposta, do sistema de abastecimento de água canalizada, por parte do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água – FIPAG, o que contribui para as restrições no fornecimento do precioso líquido.
 
Esta empresa apenas abastece a dezasseis mil pessoas com água canalizada.
 
Os munícipes, sobretudo dos bairros periféricos, continuam a consumir água imprópria, facto que contribui para a eclosão de doenças de origem hídrica, como é o caso de diarreias.
 
Em entrevista com a Rádio Esperança, os cidadãos afirmaram que nas últimas semanas a água é abastecida, dois em dois dias, em períodos bastantes curtos, nas altas noites e madrugadas.
 
O Director do FIPAG em Lichinga, João Manico, diz não ter conhecimento do problema mas promete averiguar.
 
Confrontado com a situação, num debate radiofónico da Rádio Esperança FM, na última quinta-feira (05.09.2013), o vereador da área de Cooperação intermunicipal, Jorge Malita, reconheceu a persistência deste problema.
 
Na tentativa de minimizar o problema, o Conselho Municipal de Lichinga havia planificado a abertura de mais dez furos de água num financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, que no entanto ainda não foram entregues.
 
Jorge Malita afirmou, em representação do respectivo presidente, que a edilidade vai entregar cinco fontenários brevemente, mas continuam dúvidas quanto ao cumprimento total da promessa. (X)
 
 
 
 
 
 
 

 

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

JOVENS DO NIASSA QUEREM INCLUSÃO NOS PROJECTOS FLORESTAIS.


Hermenegildo Napita- Vice-president do CPJ-Niassa
Texto: Redacção

Jovens da cidade de Lichinga exigem maior inclusão nos projectos florestais da Província do Niassa, como forma de permitir que estes participem no desenvolvimento local.
Para eles, as oportunidades de emprego que se criam com estas plantações, não são abrangentes, alegando também falta de transparência no recrutamento da mão-de-obra.
O Vice-Presidente do Conselho provincial da Juventude, Hermenegildo Napita, disse em entrevista com a Rádio Esperança, que a sua agremiação está a trabalhar para que os jovens tenham prioridade nestes e noutros grandes projectos.
Napita acrescentou que no âmbito da promoção de oportunidades de emprego para esta camada social, foram realizados este ano, dois encontros com os exploradores do ramo florestal.
Estes encontros acontecem numa altura em que a mão-de-obra neste sector tende a reduzir, com os despedimentos que se registam, por já ter sido concluída a fase de plantação, estando-se neste momento, na de maneio.
Outra preocupação dos jovens tem a ver com a necessidade de formação na área florestal, pois só assim poderão ter capacidade de responder `as expectativas dos empregadores.
Na cidade de Lichinga existe um instituto de formação profissional e promoção do autoemprego, que no entanto não tem cursos ligados aos projectos de reflorestamento.

QUEIMADAS VOLTAM A PREOCUPAR

Num passado recente, aquando do início do reflorestamento, as plantações foram sistematicamente afectadas pelas queimadas descontroladas, incluindo na cidade de Lichinga.
Uma das explicações tinha a ver com o alegado descontentamento das comunidades, em relação a estes projectos. Os despedimentos massivos de trabalhadores, na sua maioria jovens, eram apontados como uma das causas deste comportamento.
Como resultado do trabalho de várias entidades, esta tendência baixou nos últimos anos, estando agora a ressurgir.
Plantacao da Chikweti Forest pegando fogo-zona da Universidade Pedagogica
 Preocupadas com a situação, as empresas florestais decidiram levar a cabo campanhas de sensibilização `as comunidades, sobre as consequências desta prática, para o ambiente. Trata-se de uma actividade que numa primeira fase realiza-se através da Rádio Esperança FM, que produz e transmite spots com o apoio financeiro das empresas, ao mesmo tempo que monitora as acções destas empresas, do ponto de vista da sua sustentabilidade, no âmbito do Projecto “Lichinga em Foco”, financiado pelo Mecanismo de Apoio a Sociedade Civil – MASC.

São acções distintas, mas que procuram promover ganhos mútuos entre as comunidades e os grandes projectos de reflorestamento. (X)

 

domingo, 11 de agosto de 2013

NA CIDADE DE LICHINGA
Moradores do bairro de Messenger, preocupados com baixa qualidade dos serviços de saúde.
Cidadaos do bairro de Massenger `a espera de atendimento no Posto de saude local
Texto: Redacção
Moradores do bairro de Massenger, na cidade de Lichinga, Província do Niassa, exigem seriedade no atendimento aos utentes, pelos profissionais de Saúde.
 
 A exigência foi feita no último Sábado, numa entrevista com a Rádio Esperança FM.
 
As nossas fontes afirmam, na condição de anonimato, que o atendimento aos utentes é lento, chegando por vezes os cidadãos a esperar entre trinta a uma hora para serem assistidos.
 
A situação é gravada pelo facto de aos finais de semana o posto de saúde daquele bairro estar encerrado, por razões não clarificadas.
 
Posto de Saude de Massenger encerrado aos finais de semana

Isso obriga que os cidadãos, em situação de enfermidade, tenham que se dirigir ao centro de saúde da cidade e/ou banco de socorros, com todos os riscos que isso acarreta, se consideramos que maior parte dos casos registam-se `a calada da noite.
 
O funcionamento diário, da unidade sanitária em referência, é também tardio, segundo denunciaram residentes da zona.
 
Na última Sexta-feira, por exemplo, a nossa reportagem apurou, no local, que o posto de saúde só começou a funcionar por volta das nove horas, nas consultas gerais.
 
As mulheres que pretendiam pesar os seus filhos, não puderam o fazer pontualmente, alegadamente porque uma das enfermeiras havia faltado, e sua colega não quis cobrir o vazio deixado.
 
“Não vou trabalhar no lugar de alguém que faltou. A minha colega informou-me que não viria. Podem ir queixar na cidade, se quiserem” – disse uma das nossas entrevistadas, citando palavras da enfermeira, cujo nome não nos foi revelado.
 
Não nos foi possível contactar a Direcção de Saúde da Cidade, até este final de semana, mas esforços estão em curso para ouvir o posicionamento da instituição, face a este cenário que constitui um atropelo ao preceituado na constituição da República.
 
 
O Governo, a vários níveis, tem procurado combater a automedicação, e o atraso no recurso as unidades sanitárias, por parte das comunidades, em casos de doença. Com situações desta natureza, será que os objectivos do Governo, de garantir serviços de saúde de qualidade seriam alcançados? (X)